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A presidente da Comissão de Bem Estar Animal da Ordem dos Advogados de Alagoas (OAB-AL), Rosana Jambo, denuncia que foi vítima de ataques à sua honra após uma ação de resgate de cães em Maceió na última sexta-feira (19). Ela conta que foi chamada de “monstra” e “vagabunda” nas redes sociais.
Rosana Jambo conta que os ataques começaram após ela resgatar 18 cães da casa de uma acumuladora, que, segundo ela, mantinha os animais doentes e em condições insalubres. Jambo conta que os cachorros viviam em meio a lixo, fezes, seringas, panos com sangue e fezes, remédio vencido, bisturi, linha de sutura e ração mofada, e que os animais estavam feridos e enfermos.
Segundo a advogada, no mesmo dia, após o resgate dos animais, a mulher gravou vídeo e publicou nas redes sociais, onde faz acusações contra Rosana Jambo e, segundo a advogada, a chamou de “monstro”. A presidente da Comissão conta que, nos comentários, há quem a chame de “vagabunda”. Ela diz que reuniu esses arquivos e vai à delegacia na próxima sexta-feira (26) para prestar queixa.
Jambo conta que há oito meses vinha ajudando a mulher na tentativa de melhorar as condições dos animais e tentar resgatá-los. Ela afirma que a mulher se comprometeu a mudar, mas mesmo com a ajuda de doações, continuava sem cuidar e os animais iam adoecendo mais.
Rosana Jambo diz que após esses meses de ajuda, a mulher proibiu ela de cuidar dos bichos, de levar médicos e de retirar os doentes. A advogada conta que, a partir daí, resolveu intervir.
Ela conta que a polícia constatou todos os relatos e que foram entregues provas e laudos. “Nós não perseguimos, nós ajudamos a salvar vidas e protegê-las de tudo isso. Tentamos ajudar, mas se a pessoa não permite ajuda aos animais, eles precisam ser retirados para os devidos cuidados”, declarou Rosana Jambo.
POSICIONAMENTO DA OAB
Por meio de nota à imprensa, a OAB-AL disse que tomou conhecimento das “ameaças e graves ataques a honorabilidade de membros da Comissão de Bem Estar Animal nas redes sociais, especialmente a advogada Rosana Jambo”, após uma ação de resgate de animais em situação de vulnerabilidade.
A instituição destacou que o trabalho da Comissão é reconhecido nacionalmente e tem como principal objetivo contribuir com a causa animal e, consequentemente, com a saúde pública. “As abordagens sempre são iniciadas com ações colaborativas e pedagógicas, de modo que a força policial apenas deve ser acionada em casos de risco à segurança e de insistência das infrações”, esclareceu.
Segundo a nota, o projeto rendeu até mesmo a criação da lei federal que pune criminalmente aquele que for flagrado agredindo ou mantendo animais em situações degradantes.
A OAB-AL acrescentou ainda que eventuais dúvidas ou possíveis desvios devem ser comunicadas à Ordem, atendendo-se sempre ao devido processo legal. “Redes sociais não são ferramentas adequadas para tanto”, frisou.
Por: Hebert Borges, Portal Gazetaweb.com
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