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“Com três caravelas conquistarei um reino que não é o meu.” — Cristóvão Colombo
A Ordem de Cristo controlou, enquanto pôde, o conhecimento das rotas e o acesso às tecnologias de navegação. Portugal transbordava espiões, especialmente espanhóis e italianos, que procuravam os preciosos mapas ocultados pelos cruzados. Enquanto o tesouro de dados marítimos esteve sob a sua guarda, a estrutura de Ordem secreta garantiu a exclusividade para os portugueses. Em Tomar e em Lagos, os navegadores só progrediam na hierarquia depois que a sua lealdade era comprovada, de preferência em batalha.
Só então eles poderiam ler os relatórios reservados aos que já haviam percorrido regiões desconhecidas e ver preciosidades como as tábuas de declinação magnética, que permitiam calcular a diferença entre o polo norte verdadeiro e o polo norte magnético que aparecia nas bússolas.
Em 1461, com o ouro descoberto na Guiné, esse monopólio passa a ser cada vez mais desafiado. A partir de então, multiplicaram-se os contratos com comerciantes e as cessões de domínio ao rei para exploração das regiões descobertas.
À medida que as conquistas avançavam no Atlântico, eram feitos novos mapas de navegação astronômica, que forneciam orientação pelas estrelas do Hemisfério Sul, algo que somente os iniciados tinham acesso. Tanto sucesso atraía a competição e, aos poucos, a sabedoria secreta, guardada em Tomar, foi sendo passada para mercadores de Lisboa, Flandres e Espanha.
A Espanha, tradicional adversária, fazia política no Vaticano para minar os monopólios da Ordem, em ação combinada com seu crescente poderio militar. Em 1480, depois de vencer Portugal numa guerra de dois anos na fronteira, os Reis Fernando, de Leão, e Isabel, de Castela, começaram a se interessar pelas terras d’além-mar.
No mês de outubro, um destemido navegador, Cristóvão Colombo, partiu através das águas para encontrar uma terra cuja existência havia sido escondida dos impérios cristãos. Um Éden primevo que cobria uma boa parte do planeta, Colombo revelou a América ao mundo europeu e o cristianismo lançou sua primeira semente nessa nova terra.
Será que ele realmente estava procurando por uma rota mais curta para as Índias quando ordenou que seus recrutas navegassem para oeste? Ou será que sabia exatamente onde queria chegar?
Uma breve introdução…
Sabemos, como foi amplamente relatado ao longo desta série, que as Américas eram conhecidas por muitos povos (fenícios, egípicios, celtas, etc.) bem antes da chegada deste navegador numa praia nas Bahamas. Sua existência se encontrava relatada em documentos cuidadosamente ocultados.
Esses documentos estavam entre os registros dos sacerdotes Druídas. Os sobreviventes deste povo, da perseguição militar de Roma, se encontravam na Irlanda, Escócia e entre os bretões da França. Conta-se que originalmente os celtas vieram ao continente europeu, do norte da África cujo centro era o Egito. Seu lendário fundador seria um príncipe erudito chamado Goibel, que teria casado com a filha do faraó egípcio da época, conta-se também esse príncipe teria sido grande amigo de Moisés. Textos Sagrados da Pirâmide, convertidos em manuscritos (em aproximadamente 3.000 a.C) falam de um território próspero no Atlântico Ocidental. Lembram-se da presença dos navegadores fenícios nessas terras? Estes foram por um bom tempo parceiros comerciais do egípcios.
Acredita-se que os celtas tenham bebido exatamente nesta fonte. O mais impressionante é que esses textos egípcios se referiam a essa terra como Ilha dos Abençoados. Os textos também declaram que essas terras continham enormes depósitos de ouro!
Muito antes de Roma, a Igreja Celta já proclamava a Unidade de Deus e posteriormente espalharam a mensagem cristã. De acordo com o historiador americano Conor MacDari, o conflito entra Celtas e Roma fora o maior e mais prolongado da antiguidade. Roma conseguiu após muito esforço arruinar o Império Celta.
Mas os sábios sacerdotes haviam despachado seus adeptos para d’além-mar e ramos fortes e sadios da Igreja Celta prosperavam na Terra que a Europa forçosamente “ignorava”, poeticamente conhecida como Hy-Brasail, Ilha ou Terra dos Abençoados, que conhecemos hoje como América. O que explica algumas descobertas arqueológicas (similares a Stonehenge no Acre e no Amapá), que já relatei nesta série, e também os relatos dos povos indígenas aos Jesuítas, que pareciam já conhecer a mensagem do Cristo quando aqui chegaram? Seria a expedição de Colombo o início de uma história ou seria ela parte de uma longa batalha?
Chegaremos novamente à história de São Brandão (Bredan), o navegador que zarpou da Irlanda em 545 d.C. orientado pelos sacerdotes a encontrar congregações Celtas em além-mar, que alguns acreditam que se localiza entre o índios Shawnees na Florida. Portanto, foram os Celtas os primeiros missionários de Cristo nas Américas. Para entender melhor essa história, clique AQUI para ler o artigo de número 5.
Na época de Colombo, a Europa atravessava grandes conflitos, trezentos anos de guerras, invasões muçulmanas levavam o continente a um estado deplorável. Era necessário renovar a fé, a esperança e os cofres. Pode-se imaginar o nível de tensão política entre Vaticano, Portugal e Espanha que pretendia manter um silêncio discreto a respeito das explorações.
Um certo especulador espanhol dirigia um próspero negócio de construção naval em Palos, mas anteriormente ele havia servido como navegador, num navio mercante Francês, cujos donos o despediram por amotinamento após uma tempestade ter desorientado o navio que acabou parando num local ainda não identificado da América do Norte. Este era Martin Alonzo Pizon.
Certo dia de 1491, Pizon chegou a Roma e foi imediatamente levado ao Papa por intermédio de um cosmógrafo. O filho de Pizon afirma que o pai teria encontrado outras “indicações concernentes às Terras à Oeste – em documentos na biblioteca do Papa Inocêncio”. As informações eram de que essas terras “não haviam sido descobertas”. Após essa reunião, estabelece-se um plano: o ambicioso espanhol volta apressadamente para a Espanha, onde começa os preparativos para a viagem. Procura-se, então, um colaborador que tivesse conhecimento das sagas irlandesas da colonização do oeste. O homem estava bem à mão, era um um andarilho de muitos portos, Cristóvão Colombo.
Sobre Colombo…
Querem nos fazer acreditar que fora um simples oficial da marinha real espanhola. Um genovês. Mas é provável que a trama desse enredo seja bem mais profunda e interessante do aquilo que nos foi contado nas escolas, como sempre ocorre!
Colombo estivera na Irlanda. Por dezessete anos, havia implorado aos governantes portugueses e espanhóis para financiarem sua busca pelas ilhas “perdidas” do oeste que havia sido a pedra mais preciosa do Império Celta. Essa parte da história do navegador é ignorada/ omitida por quase todos os seus biógrafos, mas historiadores irlandeses escreveram sobre ela, num país sem ricas editoras que pudessem distribuir seu trabalho.
Foi em 1477 que Colombo aportou na Irlanda após uma breve estada na Islândia, onde provavelmente ouviu falar dos refugiados Caldeus/Celtas que estabeleceram lá antes e se transferirem para a América. Curiosamente, ele atracou na cidade Galway, localizada no coração da antiga diocese celta de Bredan. Um respeitado antiquário de Dublin, Dr. George A. Little, afirma que “ele veio com o propósito de obter detalhes da viagem de Bredan”, e faz a seguinte pergunta: “Por qual outra razão ele viria?”.
De acordo com o escritor T.J. Westropp, na cidade de Galway Colombo “reuniu o que podia aprender a respeito da Ilha de São Bredan”, aproveitando também para conversar com muitos marinheiros e contadores de histórias. Ele contava com o auxílio de Patrick Maguire, um estudioso, para garimpar informações. Relatos sugerem que este era na verdade um membro da Igreja Celta que ainda vivia naquele país, com o quem o navegador nunca havia perdido contato, porém este não possuía recursos suficientes para financiar a viagem de Colombo. Essa “sorte” ele deveria a Pizon.
No dia 17 de abril do famoso ano de 1492, ele assinou, junto as suas Majestades da Espanha, o contrato que concedia a ele um oitavo da décima parte da arrecadação bruta de todas as ilhas e continentes que pudesse descobrir. Não havia qualquer menção às Índias que supostamente deveria procurar, como relatado ao público.
Quando seus três navios, Pinta, Niña e Santa Maria, sarparam, lá estava Maguire, o Celta. Da Irlanda ele levou consigo tripulantes, sendo um deles Fernando Colombo, seu filho. De fato, foi a história de São Bredan que influenciou todos estes bravos navegantes, como admitiu Colombo:
“Estou convencido que o paraíso terrestre fica na ilha de São Bredan, a qual ninguém alcança a não ser pela vontade de Deus”
Visto a presença de tantos irlandeses e de tantos membros da antiga Igreja Celta, ficam os questionamentos: Será que temendo as intenções de Roma estes enviaram seus adeptos? Ou, talvez, será que estes utilizaram apenas o poder econômico do reino espanhol para cumprir sua missão?
Chegavam ao Novo Mundo às duas horas da manhã, de 12 de outubro de 1492 as seguintes naus: Santa Maria (com 100 tonéis e 40 tripulantes), Pinta (com 55 tonéis e 26 tripulantes) e Niña (com 60 tonéis e 24 tripulantes). Em tempo, tonel é a medida náutica de capacidade.
Com a viagem de Colombo à América, em 1492, o papa Alexandre VI, um espanhol de Valencia, reconheceu em duas bulas as Inter Caetera, o direito de posse dos espanhóis sobre o que o navegante havia descoberto, rejeitando as reclamações de D. João II de que as novas terras pertenceriam a Portugal. O rei não aceitou e ameaçou com outra guerra. A controvérsia induziu os dois países a negociarem, frente a frente, na Espanha, em 1494, um acordo para dividir o vasto novo mundo: O Tratado de Tordesilhas.
Mas quem foi Colombo?
Colombo parece ser um dos mais enigmáticos personagens da história. Muito já se falou sobre ele, mas sua história é pouco explorada, principalmente nas salas de aula. Permeiam apaixonadas discussões entre genoveses, espanhóis, galegos e portugueses desde os finais do século XIX, e mais recentemente estudiosos ingleses e norte-americanos. Apesar de todos os esforços, mantém-se sua origem ou naturalidade obscurecida, assim como boa parte de sua vida, não sendo raro controvérsias e contradições, sobre quem era e que missão teria Cristóvão Colombo. Até seu nome é controverso.
Comumente acredita-se ter ele nascido em Génova, na Itália, sendo de origens humildes, filho de um desconhecido alfaiate e ele próprio um simples grumete que inexplicavelmente se torna um almirante e se casa com uma nobre portuguesa, o que, convenhamos, é muito improvável. Sabe-se, contudo, que a marinha genovesa durante séculos fora somente de navegação com terra à vista, isto é, costeira. Poderia ele ter nascido em Castela, de raízes judaicas com foros tardios de nobreza, hipótese que logo veio a ser desmentida.
A versão que mais interessante e rica é a de Mascarenhas Barreto. Segundo ele, Cristóvão Colombo era filho, talvez bastardo, do Infante D. Fernando, Duque de Viseu e de Beja, Mestre da Ordem de Cristo, e teria nascido no Baixo Alentejo. É precisamente na citada herdade alentejana que os autores portugueses instalaram Colombo, servindo-se dos indícios e provas que recolheram. Paolo Toscanelli, célebre cosmógrafo italiano que se correspondeu com ele, em carta dirigida de Génova a Lisboa, datada de 1474, fala entusiasticamente de Portugal e trata o almirante por português: “Não me surpreende, pois, por estas e muitas outras coisas que sobre o assunto poderiam ainda dizer-se, que tu, que és dotado de uma tão grande alma, e a mui nobre nação portuguesa, que em todos os tempos tem sido sempre enobrecida pelos mais heroicos feitos de tantos homens ilustres, tenhais tão grande interesse em que essa viagem se realize”.
Diogo Colombo, seu filho, manifesta-se sobre o total desconhecimento da naturalidade de seu pai, e a seguir contrapõe em sua obra biográfica Historia del Almirante: “Ele quis que fosse desconhecida e incerta a sua origem e pátria”. Dentre outras razões, isto se deva talvez por causa da lei do segredo de Estado que então dominava, em razão das controvérsias e hostilidades entre portugueses e espanhóis – os principais interessados na descoberta e conquista marítima de novas terras, consequentemente, tomando para si ainda maiores riquezas.
Como Portugal estava à dianteira do processo, tudo que fosse português era abertamente hostilizado pelos adversários. Para disfarçar, inclusive, teria adotado a língua castelhana como oficial – cujas cartas denota-se indisfarçavelmente entrecruzar as línguas espanhola e portuguesa. Também por ter sido bem acolhido na corte dos reis, Fernando e Isabel, a cujo serviço esteve após ter fixado domicílio no país vizinho, em 1486. Casou-se em 1479 com Filipa Perestrelo Moniz, filha do navegador Bartolomeu Perestrelo, nomeado pelo Infante D. Henrique, Mestre da Ordem de Cristo.
Poderia ser também da família Zarco, o que explicaria seu interesse em fixar-se na Ilha de Porto Santo, a primeira a ser descoberta por um Zarco, João Gonçalves Zarco, em 1418. Sobre o povoamento da ilha, conta-se que Bartolomeu Perestrelo teria levado consigo uma coelha prenha que acabou escapando, cujos descendentes “povoaram” a ilha depredando a sua vegetação. Uma lenda que pode referir-se à possibilidade de Perestrelo ser um “cristão novo” (judeu convertido). Seu avô-paterno, Gabriel Palastrelli, italiano fixado em Lisboa onde era afamado astrólogo, além das suas relações próximas com o tio do Infante D. Henrique, o rei D. Afonso V, que igualmente era um cultor das ciências herméticas deixando um Tratado Alquímico sobre a Pedra Filosofal.
A famosa sigla que Colombo assinava a carta ao seu filho Diogo, em Sevilha, 29 de abril de 1498, parece conter, dentre outros elementos, seu verdadeiro nome, a sua verdadeira origem, tanto no conspecto histórico como no esotérico. Utilizando a criptografia cabalística, a qual assinala o almirante como um hermetista:
O investigador Afonso Dornelas, ao examinar a sigla do almirante, verificou que o traço oblíquo terminal precedido de um ponto se chama colon, tanto em português como em castelhano. É o sinal gráfico de pontuação separador de frases que chamamos de “ponto e vírgula”.
Como Xpõ, no diminutivo grego, significa “Cristo”, e como ferens, em latim, indica “aquele que leva, que transporta”, Afonso Dornelas concluiu que a sigla criptográfica deveria indigitar um nome. Traduzindo “Cristo-ferens” por Cristóvão e juntando-lhe o sinal colon (./), obteve: Cristóvão Colon.
Na continuação dessa análise o investigador Saul Santos Ferreira, poliglota e hebraísta português, verificou que o caractere gráfico ./ (colon ou “ponto e vírgula”) correspondia ao sinal < (aspa) da escrita hebraica, denominado zarga, zargo ou zarco.
Já o investigador Saul Santos Ferreira considerou que Cristoferens nada tinha a ver com São Cristóvão, o qual transportara aos ombros o Menino Jesus de uma margem para outra de um rio caudaloso. Concluiu que, na linguagem da primitiva Igreja Moçárabe da Espanha, a palavra Cristóbal significava “Cristo Senhor”, correspondente à própria pessoa do Salvador. Para ele, a sigla deveria exprimir:
“Cristo salve, Maria salve, José salve”, é expressão equivalente a “Cristo, Maria et Joseph consalvis”. Desta maneira, deparava-se com a palavra consalves/gonçalves.
Cristóvão Colombo – “aquele que transporta a pomba do Cristo” – é o nome sacramental, simbólico, do iniciado que foi, ficando assim conhecido para a posteridade, enquanto o nome batismal ficaria oculto em cifra gemátrica que, solucionada, desvelaria sua ligação a um instituto mais secreto: a Ordem de Mariz, na Espanha de função idêntica à de Cristo portuguesa. Por tanto, o seu nome provém de Columba, a Pomba, o Espírito Santo. Do mesmo modo que em grego chamando-se ele Christoferens Columbus, ou seja, “aquele que carrega consigo o Cristo”.
A sua devoção e culto ao Divino Espírito Santo e à Santa Virgem, e também a obediência que devia à Ordem de Mariz, levou o almirante a conduzir a sua esquadra chefiada pela nau Santa Maria, no regresso da sua primeira viagem, causando estranheza, ao arquipélago dos Açores, sob domínio português, ao invés de diretamente às ilhas Canárias sob domínio de Castela. Na ilha de Santa Maria, entrevistou-se com o seu governador, o capitão D. João Castanheira, antigo cavaleiro da Ordem de Avis passado à de Cristo, comprovado protetor dos trinitários e franciscanos. Foram os primeiros a povoar os Açores, levando o Evangelho. Há, inclusive, uma ilha açoriana dedicada à memória dos trinitários: a Terceira, não só por ser a terceira ilha do arquipélago a ser descoberta, mas também, sobretudo, por evocar a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade: o Divino Espírito Santo.
As negociações continuaram e foram levadas a cabo com a ingerência direta e discreta das Ordens, cujos embaixadores negociavam em nome de seus administradores. Perseguindo a ambição maior, secreta, que aparece em várias partes dos escritos de Colombo, da realização do velho sonho dos antigos templários – da qual essas Ordens eram descendentes diretos: o de unir o Oriente ao Ocidente e neste edificar o Templo ou Casa da Jerusalém Celeste.
Seguindo os escritos de S. João Evangelista, sua inauguração só podia ser em uma terra virgem, livre e ignorante do que fosse mal e pecado, portanto, num Novo Mundo, o quinto continente – a América. Isso se conclui da leitura do Libro de las Profecías, de Cristóvão Colombo (Biblioteca Capitular e Colombina da Catedral de Sevilha), em que o almirante afirma a intenção de transportar para a América o novo biótipo humano capacitado a levantar e habitar o Novo Templo da Nova Jerusalém: “Habitat in tabernaculo tuo, aut [qui] requiescet in mons sancto tuo”, conformado à lição do Salmo 144 da Vulgata Latina. Considerando-se predestinado a essa missão, ele afirma: “Fiz-me mensageiro junto destes Príncipes (Reis Católicos) do novo Céu e da nova Terra de que fala Nosso Senhor no Apocalipse, pela boca de S. João, após tê-lo feito pela boca de Isaías”.
O almirante teria assegurado a Fernando e a Isabel que a sua façanha seria consagrada “à reconstrução do Templo”. No seu Libro de las Profecías, diz ter sido o escolhido dos céus para descobrir o Novo Mundo: “Quem duvida que este lume não foi do Espírito Santo, assim como de mim, o qual com raios de claridade maravilhosa consolou com a sua santa e sacra Escritura a voz muito alta e clara com 44 livros do Velho Testamento, e 4 Evangelhos com 23 Epístolas daqueles bem-aventurados Apóstolos, avivando-me a que eu prosseguisse, e de contínuo sem cessar um momento me avivam com grande pressa? […] E digo que não somente o Espírito Santo revela as coisas por vir às criaturas racionais, mas que ‘no-las’ mostra por sinais do céu, do ar e das bestas quando lhe apraz”, palavras do Almirante.
Aliás, Américo Vespúcio, nem sequer teria dado o nome, Américo, ao continente descoberto, porque dizem que nos registos cartoriais o seu nome é Alberico. Mas é interessante notar que os naturais da costa americana onde Colombo chegou, chamavam-se Amariques. Vespúcio, italiano de Florença, não passou de comerciante fretador de navios que perseguiu de longe a esquadra expedicionária.
Uma outra ideia sugestiva do caráter cabalístico, esotérico, de Cristóvão Colombo está nos seus livros prediletos e nas cartas que escreveu ao seu filho Fernando Colombo. É visível o seu grande interesse pelos profetas bíblicos, que foram por ele copiados em grande parte, sobretudo as Profecias de Isaías, que citava frequentemente nas suas cartas e no seu diário, conforme o seu biógrafo ulterior, Frei Bartolomé de las Casas. Todos expostos na Biblioteca Capitular e Colombina da Catedral de Sevilha.
A sigla criptografada de Cristóvão Colombo possui diversos segredos bem ocultados, de conteúdo iniciático. Pela Kaballah, termo hebraico significando “Tradição” e “Livro cerrado”, logo, sinônimo de “Tradição Secreta”. Maurice Privat afirma que o S repetido três vezes é igual a 15 vezes 3 = 45, ou 4 + 5 igual a 9, número cabalístico da Terra representada pelo “Ovo de Colombo”. Em Aritmosofia, 45 exprime a herança, o legado. A Missão do Templo foi, consequentemente, legada a Cristóvão Colombo pela sua herdeira Ordem de Cristo. Por conseguinte, Colombo expõe o seu título ou grau sem rodeios com a letra A (alephe) no centro da sigla, o que vale dizer: “Eu sou o primeiro de minha Ordem”. Sendo ele, então, o Grande Mestre desta.
Ele foi o continuador da Missão Templária na Península Ibérica destinado a levá-la ao Novo Mundo do Ocidente, ao Norte e Centro da América, tal como o seu primo (para Mascarenhas Barreto), Pedro Álvares Cabral, igualmente ligou à Península Ibérica ao Centro e Sul da mesma América, tomando por ponto de irradiação ibero-ameríndia o Brasil. O terceiro Templo de Salomão, correspondente a Jerusalém Celeste, e também ao Reino do Espírito Santo.
Dizem que Colombo teria ido até a cidade que hoje conhecemos como Salvador e ali deixado a salvo algumas relíquias, quem sabe, o santo graal. É interessantes notar que o brasão da prefeitura da referida cidade é “a pomba solta por Noé que volve conduzindo no bico o ramo de oliveira”, e por baixo a conhecida frase latina, SIC ILLA AD ARCAM REVERSA EST (assim voltou ela para a Arca ou Barca).
Barca, Arca ou Caravela, o quer que seja, tanto se refere ao próprio termo Cristo, Salvador, como ao de Colombo/ Colomba/ Pomba/ Espírito Santo.
As Armas da velha cidade de Thomé de Souza
Ou seja, o espírito santo teria voltado para a arca. Arca da aliança de Deus com o povo de Israel. Sendo não só uma representação, mas a própria presença de Deus. Cujo o referido Templo fora construído para abrigá-la.
Em uma das visões de São João Evangelista, relata ter visto a Arca no templo de Deus no céu, depois da visão dos 24 anciões prostrados adorando a Deus e pedindo o extermínio dos ímpios e o juízo final.
“Então, abriu no céu o templo de Deus, apareceu a arca do seu testamento, no seu templo, sobrevieram relâmpagos, vozes, um terremoto e uma grande chuva de pedra” Apocalipse 11:19
“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas”. — Apocalipse 12:1
O homem que desbravou os mares e enfrentou todas as adversidades para aportar nesta terra que chamamos de América, que a revelou ao velho mundo, era um homem profundamente inspirado, devoto e possuidor de uma grande fé, e acreditava estar cumprindo uma missão divina. Era ele um iniciado e Grande Mestre da Ordem de Cristo e de outras que beberam da rica fonte templária. Demonstrando mais uma vez a natureza templária da nossa fundação, este homem permeou pelas cortes portuguesas e espanholas, também pelo Vaticano, e deu nó em todos para cumprir sua verdadeira missão. Porém, de certa forma, os reis espanhóis pareciam estar cientes e terem apoiado a criação de um “novo céus e nova terra”.
O Brasil é o “novos céus e nova terra”, está cumprindo a profecia da expansão da ciência e o anúncio do terceiro milênio como Era do Espírito. É também o ponto central do milênio, isto é, do Último Império ou Quinto Império. As profecias de Daniel e de Isaías, foram cumpridas com a descoberta e a conquista do Brasil, são fatos e provas da consumação da revelação e do tempo. Nós somos uma história consumada e temos que saber dessa história para que possamos saber quem somos e qual a nossa missão!
Bibliografia
Revista “O Rosacruz” 3 trimestre – 2000
Revista “O Rosacruz” – 1 trimestre – 2000
“História Secreta de Portugal” de Antonio Telmo, Editora Vega, Lisboa.
Sagres – A Revolução Estratégica – Senac
Solomon, Pharaoh of Egypt – Ralph Ellis
Tempest and Exodus – Ralph Ellis
Scota, Egyptian Queen of the Scots – Ralph Ellis
Irish Wisdom Preserved in Bible and Pyramids – Conor MacDari
O Português Critóvão Colombo, agente Secreto do Rei Dom João II – Mascarenhas Barreto.
https://super.abril.com.br/historia/a-cruzada-do-descobrimento/
* Os Livros de Colombo: o livro do cardeal Pietro d´Aille, Imago Mundi; um livro de Plutarco publicado em Sevilha, em 1491; a Naturalis Historia, de Plínio, anotada por ele em português, em espanhol e um pouco de italiano (bem ao gosto de mostrar erudição conforme era costume na época, como no século XVII frei Jerónimo Munster demonstrou na sua Virgo Aurea); um Marco Polo latino, De Consuetudinibus et Conditionibus Orientalium Regionum; a Tragédia, de Séneca; um Tratado de Santo António de Florença e a Filosofia Natural de Santo Alberto Magno. Ainda um livro com muitas anotações sobre a vida do Papa Pio II, um Almanaque de Navegação e um livro de Abraão Zacuto, judeu português praticante de Astrologia cabalística ao qual D. Manuel I deverá a inspiração de adoptar a Esfera Armilar, símbolo e selo do deus egípcio Thot-Hermes, padroeiro do Hermetismo.
Por: Julliene Salviano, Conexão Política
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