Segundo a investigação, mais de 1.500 pessoas foram vítimas da prática criminosa, que gerou prejuízo de aproximadamente R$ 60 milhões.

Divulgação/MPMG

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 8ª Promotoria de Justiça de Pouso Alegre e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) deflagraram, nesta quinta-feira (25), a Operação Black Monday, que tem o objetivo de desbaratar organização criminosa voltada para a prática de crimes de “pirâmide financeira”, crimes contra relações de consumo e de lavagem de dinheiro. Ao todo, 29 mandados estão sendo cumpridos em Alagoas e, também, nos estados de Pernambuco, Paraíba, Bahia e Goiás.

Apesar de a operação ter sido deflagrada em Minas Gerais, não há mandados sendo cumpridos no estado. De acordo com a investigação, por lá, existem várias vítimas dos criminosos. Uma delas, residente em Pouso Alegre, na Região Sul, fez a denúncia que motivou a investigação.

Com o apoio do Ministério da Justiça, Polícia Civil de Goiás, Ministérios Públicos dos Estados de Pernambuco, São Paulo, Paraíba, Bahia, Alagoas, Goiás, Maranhão, Rondônia, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, e respectivas forças policiais dos Estados, estão sendo cumpridos 29 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão.

O Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (CAO-ET) e a Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos (Coeciber), do MPMG, também participam dos trabalhos.

Dois carros de luxo, dentre eles, uma Lamborghini avaliada em R$ 2,5 milhões, foram apreendidos no início da manhã. No entanto, ainda não há informações do estado em que foi feita a apreensão.

A apuração, iniciada em maio de 2020, recolheu indícios de que, por meio dos sites “Aprenda Investindo” e “Investing Brasil”, centenas de pessoas, na expectativa de realizar investimentos financeiros, foram direcionadas para as corretoras “VLOM” e “LBLV”. Assim, as vítimas realizavam transferências bancárias para diversas pessoas jurídicas e os valores não eram revertidos no desejado investimento. Ao contrário, o dinheiro das vítimas, conforme apurado até o momento, era convertido em “Bitcoins” e em bens de alto valor.

Estima-se que, entre os anos de 2019 e 2020, o número de vítimas seja superior a 1.500 pessoas, as quais teriam perdido a quantia de, aproximadamente, R$ 60 milhões.

No total, participam da operação 26 Promotores de Justiça, 42 servidores dos Ministérios Públicos, 19 Delegados de Polícia, 91 Agentes da Polícia Civil, 30 Policiais Militares, um perito e nove Policiais Rodoviários Federais.

Após o encerramento das diligências, será divulgado o número de pessoas efetivamente presas, inclusive em razão de flagrante, e dos bens apreendidos para reparação dos danos causados às vítimas.





Dois carros de luxo, dentre eles, uma Lamborghini avaliada em R$ 2,5 milhões, foram apreendidos — Divulgação/MPMG








Por: Tatianne Brandão, Portal Gazetaweb.com / com MPMG