Imagem: WhatsApp/Divulgação
Você pode ter se esquecido do assunto, mas o tio Zuck não: depois da onda de protestos e a fuga em massa de usuários para outros aplicativos de mensagens, o WhatsApp resolveu postergar a mudança em sua política de privacidade, com o compartilhamento de informações dos usuários com o Facebook – mas ela está de volta e, pelo jeito, dessa vez para ficar.
Em um post publicado no blog do aplicativo, a empresa diz que “nas próximas semanas, exibiremos um aviso no WhatsApp anunciando que você terá mais tempo para ler a atualização e fornecendo mais informações para ajudar a esclarecer algumas dúvidas. Eventualmente, enviaremos lembretes para que todos possam ler e aceitar as atualizações para continuar usando o WhatsApp”.
Dessa vez, a preocupação da empresa foi ser didática, tentando não preocupar os usuários naquilo que os afugentou em janeiro: o compartilhamento de dados com o Facebook.
Plataforma comercial
As mudanças acontecem por conta da transformação do WhatsApp em plataforma comercial: no último dia 15, foi lançado no Brasil o recurso “carrinho”, com o qual “as pessoas podem selecionar diversos itens e enviar o pedido por mensagem para a empresa”.
As mensagens pessoais, o aplicativo reforça, continuarão a ser criptografadas de ponta a ponta. O mesmo, porém, não vai se aplicar a mensagens para empresas: esses dados poderão ser usados para marketing, como segmentação de anúncios no Facebook, e também armazenados nos servidores dessa mídia social.
Segundo as novas regras, as empresas poderão usar “serviços de hospedagem seguros do Facebook para gerenciar bate-papos do WhatsApp com seus clientes, responder a perguntas e enviar informações úteis, como recibos de compra”.
A empresa diz que vai fazer “um trabalho intenso para esclarecer todas as informações incorretas sobre como a privacidade e a segurança funcionam no WhatsApp. Por isso, daremos mais tempo para que todas as pessoas possam revisar nossa política antes de 15 de maio de 2021, data em que as novas opções comerciais ficarão disponíveis”.
Por: Julia Marinho via nexperts, Tecmundo
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