Foto: Valter Campanato | Agência Brasil |
“Entre agosto de 2020 e janeiro de 2021 foram 988 km² [quilômetros quadrados] de redução em alertas, de acordo com dados do Inpe. A título comparativo, trata-se de uma área superior à área urbana da cidade de São Paulo – maior centro urbano do país com aproximadamente 950 km²”, informou o Ministério da Defesa.
A pasta acrescentou que esses dados demonstram “o bom desempenho” do trabalho integrado coordenado pelo Conselho Nacional da Amazônia Legal na região, principalmente por meio da Operação Verde Brasil 2.
Do início da operação, em maio de 2020, até janeiro deste ano, foram apreendidos 331 mil metros cúbicos de madeira, 1.699 embarcações, 326 tratores e 20 aviões/helicópteros, resultando na aplicação de 4.842 multas no valor total de R$ 3,33 bilhões.
As ações do conselho visam à otimização das equipes de campo por meio do trabalho técnico-científico de analistas de órgãos governamentais reunidos no Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), em Brasília, que é subordinado ao Ministério da Defesa.
“O Grupo de Integração para Proteção da Amazônia (Gipam) faz a fusão e verificação de informações disponíveis nos bancos de dados de agências de proteção ambiental e órgãos policiais e elabora relatórios que mostram detalhes sobre onde ocorre o desmatamento e o garimpo ilegal. A partir desses relatórios, o comando da Operação Verde Brasil e os órgãos ambientais realizam o planejamento das ações das Forças Armadas e equipes de fiscalização”, explicou o Ministério da Defesa.
O grupo é composto pelos seguintes órgãos: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Serviço Florestal Brasileiro, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Fundação Nacional do Índio (Funai), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Agência Nacional de Mineração (ANM).
O cruzamento de alertas de desmatamento – com registros do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do banco de dados dos estados – é uma das metodologias aplicadas pelos analistas no Censipam. Assim, é possível verificar se as áreas tiveram autorização para realizar o desmate.
Historicamente, a queda nos alertas de desmatamento em janeiro também acontece devido à forte cobertura de nuvens de chuva nesta época do ano na região.
As informações são da Agência Brasil.
Por: Marcos Rocha, Conexão Política
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