Quanto mais a mobilidade avança, mais importante vão ficando as baterias e, cada vez mais a sigla “mAh” começa a fazer parte do vocabulário tecnológico. Supostamente, um número maior ao lado destas letras significaria que a bateria dura mais, certo?

Não necessariamente. “mAh” significa “miliampère-hora” e não é uma medida de energia, nem de qualidade, nem de duração da bateria. De uma forma mais resumida, ela significaria a capacidade de armazenamento, o que indica que uma bateria com um maior número de “mAh” é mais resistente do que uma com um menor valor.

Mas essa é uma forma muito simplista de observar o significado. Entrando em um aspecto mais técnico, a medida está relacionada com a quantidade de tempo que a bateria é capaz de suportar uma determinada corrente. E isso está diretamente relacionado ao consumo do aparelho.

Explicando: uma bateria com 2.000 mAh conseguirá abastecer um celular, por exemplo, que consuma 200 mA por até 10 horas. Uma bateria de 3.000 mAh, que teoricamente tem mais capacidade, por sua vez, abastece um aparelho de 350 mA por cerca de 8 horas e meia.

Portanto, de nada adianta ter uma bateria com uma supercapacidade se o aparelho consumir energia demais. E o consumo regrado de bateria passa por escolhas de design inteligentes.

Processadores ultrarrápidos podem ser práticos para usabilidade, mas tendem a gastar mais bateria, assim como telas de alta definição, que também são fatores decisivos para que sua bateria seja sugada. Os softwares também são extremamente importantes nessa questão, porque eles definem a quantidade de processamento que seu dispositivo precisa utilizar.

Então é importante saber: um valor maior de “mAh” realmente define uma bateria mais capaz, mas isso não significa que um celular vai permanecer funcionando por mais tempo que outro só porque a fabricante anuncia um valor maior. Outros fatores de hardware e software precisam ser considerados antes de ser estabelecida a duração de sua bateria.


Fonte: Olhar Digital