Como um senhor de 70 anos e gênio da música, Eric Clapton não precisa dever satisfação às gerações atuais. Prefere se isolar da música contemporânea por não sentir identificação com ela – ou simplesmente por querer se focar em outras coisas além disso.

Pois o lendário guitarrista foi interrogado durante o Toronto International Film Festival sobre a tendência fonográfica atual, que prioriza os sintetizadores e a música computadorizada em detrimento das guitarras, por exemplo.

Quando questionado sobre o fato de adolescentes estarem ouvindo mais música eletrônica do que rock’n'roll, Clapton se mostrou surpreso: “Eu não sabia que as coisas estavam tão ruim assim [risos]. Eu estou desligado de tudo. Eu não sei do que está acontecendo. Também não sei o que irá acontecer”.

Apesar disso, a visão de Clapton sobre a música atual não é pessimista, apostando em uma evolução natural da música. “Eu acho que tudo que seja relacionado a um processo natural irá chegar onde deve estar”, disse.
Meus filhos ouvem rock clássico, mas talvez seja por minha culpa, porque foi o que eu mostrei para eles. Quero dizer, desde que eles foram concebidos, eles ouvem música através do útero. Eu tocava playlists pra eles e fazia lavagem cerebral. E ao fundo sempre tinha guitarra, algum outro tipo de instrumento ou um cantor. Minha crença na música é que tudo é bom. Tudo é bom. Mesmo coisas que não parecem boas são boas.
O entrevistador disse a Clapton que a venda de guitarras vem decrescendo em 1 milhão por ano e que grandes marcas, como Fender, Gibson e Guitar Center, estão passando por dificuldades financeiras, e perguntou o que ele achava disso. Clapton disse:
Eu não sei. Talvez seja o fim das guitarras [risos]. É uma boa questão
Clapton esteve no festival de Toronto para a estreia de seu documentário, Life In 12 bars. O filme foi exibido apenas no festival, mas terá exibição oficial a partir de 2018. Confira o trailer:


Fonte: Cifra Club News